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Resumo sobre os tipos de estudos epidemiológicos
- Redação Sanar
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Confira neste artigo um resumo do conceito de estudos epidemiológicos e os seus tipos. Saiba mais com a Sanar!
Epidemiologia é a ciência que estuda a causa e efeito as das doenças em populações humanas. Por ser principal base da informação em saúde, a epidemiologia é fonte de desenvolvimento metodológico a partir de dados que são extremamente importantes para a medicina, saúde coletiva e todas as outras áreas em saúde.
Os estudos da epidemiologia se diferenciam de acordo com os métodos empregados, que serão expostos a seguir.
Tipos de Estudos Epidemiológicos
Os estudos epidemiológicos são classificados com relação à intervenção do investigador – observacionais ou experimentais – e também levando em consideração o seu propósito – que pode ser descritivo ou analítico.
Há também a diferenciação por amostra, sendo ela individual ou ecológica (grupos de pessoas).
Resumo das diferenças entre os tipos de estudos epidemiológicos
Confira um esquema feito pela Organização Pan-Americana de Saúde (2017) que expõe as diferenças entre os estudos observacionais e os experimentais:
Tipos de estudos epidemiológicos o bservacionais descritivos
Relato de caso e série de casos.
Ambos os estudos analisam de forma detalhada o diagnóstico clínico de indivíduos. Levam em consideração os sintomas, as características e sinais do paciente e os procedimentos terapêuticos que foram utilizados.
Esses são estudos primários, iniciais, que podem servir como base para estudos mais abrangentes – onde pode haver comparações e não apenas análises de casos específicos.
A diferença entre os dois é dada pela quantidade de amostras analisadas – os relatos compreendem de 1 a 3 casos e a série compreende de 3 casos adiante.
Estudo do tipo Demográfico (ecológico)
Estudo focado em grupos de pessoas, onde a sua unidade de estudo é uma área geográfica – há a correlação com o tempo. Através de variáveis ambientais (características físicas do ambiente) e globais (características do grupo) verifica se hipóteses existentes são viáveis ou se existem novas hipóteses a serem consideradas. Um dos seus principais objetivos é avaliar a eficácia de intervenções e a ocorrência do agente.
Transversal
O estudo transversal analisa a frequência – prevalência – de um determinado agente em um grupo e em um tempo determinado. As variáveis são coletadas apenas em um momento, já que o estudo não dispende de um tempo longo de ação. Podem ser investigados vários resultados simultaneamente (de vários pontos no tempo, por exemplo).
Longitudinal
Esse tipo de estudo analisa a incidência de casos (novos aparecimentos) e por isso demanda tempo. Costuma ter foco em apenas uma variável e os dados são coletados periodicamente em um espaço temporal grande. Pode ser prospectivo (surge a causa e se busca o efeito/resultado) ou retrospectivo (há o efeito/resultado e se busca a causa).
Tipos de estudos epidemiológicos o bservacionais analíticos
É um estudo prospectivo, dessa forma, acompanha os grupos em estudo por um determinado tempo e os resultados analisados são obtidos gradativamente, durante o período do estudo.
Os grupos selecionados compartilham fatores comuns de exposição e periodicamente são investigados para que haja a coleta de dados prospectivos dos mesmos.
É aplicado para a identificação da etiologia de uma patologia, a história natural da mesma e analisa o risco relativo – exposição da doença e a sua ocorrência – e por isso também é considerado um estudo longitudinal e de incidência.
Caso-controle
É um estudo retrospectivo, ou seja, analisa dados já produzidos (no passado) – como entrevistas, análises de registros, etc. Objetivo é observar a frequência de exposição de uma determinado agente (normalmente doença) em diferentes grupos. Eles são selecionados de uma mesma população – os casos ( grupo de ocorrência do objeto de estudo) e os controles (grupo que não há a ocorrência do obejto de estudo).
Visa entender e identificar quais são os fatores de risco e de exposição, fatores prognósticos da patologia em questão e a eficácia das intervenções.
Tipos de estudos epidemiológicos e xperimentais analíticos
Ensaios clínicos.
São estudos prospectivos que visam avaliar uma determinada intervenção e compará-la a outra – um tratamento famacológico X utilização de placebo, por exemplo.
Sem objetivo é alcançar a cura, uma melhora clínica ou prevenir complicações de determinada patologia. O Ensaio clínico randomizado, que é a distribuição aleatória das amostras é o mais utilizado.
Ensaios de Campo
Esse estudo analisa grupos (normalmente maiores que os dos ensaios clínicos) de pessoas saudáveis, que não possuem determinada doença mas estão sob o risco de desenvolvê-las. É focado na prevenção e estágio inicial de patologias.
Ensaios de Intervenção Comunitária
É o ensaio de campo aplicado à comunidades.
Síntese dos tipos de estudo
A figura a seguir mostra uma síntese gráfica dos tipos de estudo epidemiológicos:
Referências:
ALMEIDA FILHO, N.; BARRETO, M. L. Epidemiologia & saúde . Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
GUIMARÃES, L. S. P. et al . Os principais delineamentos na Epidemiologia – Ensaios Clínicos (Parte II). Clinical & Biomedical Research , [S.l.], v. 33, n. 3/4, jan. 2014.
OLIVEIRA, M. A. P.; SÁ, R. A. M.; VELARDE, G. C.; Entendendo a pesquisa clínica V: relatos e séries de casos . Rio de Janeiro: Revista Femina, v.43, n. 5, setembro – outubro 2015.
Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica. Leitura Crítica de Artigos Científicos . 2011
Organização Pan-Americana de saúde. Tipos Metodológicos de Estudos . 2017
Sugestão de leitura complementar
- Epidemiologia: o que é e a sua diferença entre a Abordagem Clínica
- Estudos epidemiológicos: uma breve revisão | Colunistas
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O que é: Ensaio de Campo
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O ensaio de campo é uma metodologia de pesquisa amplamente utilizada nas áreas de estatística, análise de dados e ciência de dados, que envolve a coleta de dados em ambientes naturais, em vez de ambientes controlados, como laboratórios. Essa abordagem permite que os pesquisadores observem fenômenos em condições reais, proporcionando uma visão mais precisa e contextualizada dos dados coletados. O ensaio de campo é especialmente valioso em estudos que buscam entender o comportamento humano, a eficácia de intervenções e a dinâmica de sistemas complexos.
Uma das principais características do ensaio de campo é a sua capacidade de gerar dados que refletem a variabilidade do mundo real. Ao contrário de experimentos de laboratório, onde as variáveis podem ser rigidamente controladas, os ensaios de campo lidam com a aleatoriedade e a complexidade dos fatores externos que podem influenciar os resultados. Isso torna os dados obtidos em ensaios de campo mais representativos e aplicáveis a situações do dia a dia, o que é crucial para a validação de teorias e modelos estatísticos.
Os ensaios de campo podem ser classificados em diferentes tipos, dependendo dos objetivos da pesquisa. Um dos tipos mais comuns é o ensaio de campo randomizado, onde os participantes são alocados aleatoriamente em grupos de tratamento e controle. Essa abordagem ajuda a minimizar viéses e a garantir que os resultados sejam atribuíveis às intervenções testadas. Além disso, os ensaios de campo podem ser utilizados para testar hipóteses, avaliar políticas públicas, ou mesmo para o desenvolvimento de novos produtos e serviços.
Outro aspecto importante do ensaio de campo é a sua flexibilidade em termos de design experimental. Os pesquisadores podem optar por diferentes métodos de coleta de dados, como questionários, entrevistas, observações diretas, ou medições físicas. Essa diversidade de métodos permite que os pesquisadores adaptem suas abordagens às necessidades específicas de suas investigações, aumentando a relevância e a aplicabilidade dos resultados obtidos.
Além disso, os ensaios de campo frequentemente envolvem a colaboração com comunidades ou organizações locais, o que pode enriquecer o processo de pesquisa. Essa interação não apenas proporciona um contexto mais profundo para a coleta de dados, mas também pode ajudar a aumentar a aceitação e a implementação das intervenções testadas. A participação ativa dos stakeholders é um fator crítico para o sucesso de muitos ensaios de campo, pois promove um senso de propriedade e responsabilidade sobre os resultados.
Os desafios associados aos ensaios de campo incluem questões éticas, logísticas e de controle de variáveis. A obtenção de consentimento informado dos participantes é fundamental, especialmente em estudos que envolvem intervenções que podem impactar a vida das pessoas. Além disso, os pesquisadores devem estar preparados para lidar com variáveis não controladas que podem influenciar os resultados, o que requer um planejamento cuidadoso e uma análise estatística robusta.
A análise dos dados coletados em ensaios de campo pode ser complexa, exigindo o uso de técnicas estatísticas avançadas para lidar com a variabilidade e a incerteza. Métodos como análise de regressão , modelos de efeitos mistos e análise de variância são frequentemente empregados para extrair insights significativos dos dados. A interpretação cuidadosa dos resultados é essencial para garantir que as conclusões sejam válidas e aplicáveis a contextos mais amplos.
Em resumo, o ensaio de campo é uma ferramenta poderosa na pesquisa em estatística, análise de dados e ciência de dados, permitindo que os pesquisadores coletem dados em condições reais e complexas. Sua capacidade de gerar insights relevantes e aplicáveis a situações do mundo real torna-o uma escolha preferencial para muitos estudos. A compreensão dos princípios e práticas associadas ao ensaio de campo é fundamental para qualquer profissional que deseje se aprofundar nas áreas de pesquisa e análise de dados.
O que é: Ensaios de Campo
Ensaios de Campo são experimentos científicos realizados em condições reais, fora do ambiente controlado de um laboratório. Esses ensaios permitem que os pesquisadores coletem dados e observem o comportamento de um determinado fenômeno ou objeto em seu contexto natural.
Como funcionam os Ensaios de Campo?
Os Ensaios de Campo são conduzidos em locais específicos, como florestas, rios, desertos, áreas urbanas, entre outros. Eles são projetados para simular as condições reais em que o fenômeno ou objeto ocorre, a fim de obter resultados mais precisos e aplicáveis.
Para realizar um Ensaio de Campo, os pesquisadores definem uma hipótese a ser testada e planejam cuidadosamente os procedimentos e instrumentos necessários. Eles coletam dados através de observações diretas, medições, amostragens e análises laboratoriais, dependendo do objetivo do estudo.
Os Ensaios de Campo podem ser conduzidos por equipes de pesquisa multidisciplinares, envolvendo cientistas de diferentes áreas, como biologia, geologia, ecologia, química, entre outras. Essa abordagem colaborativa permite uma análise mais abrangente e uma compreensão mais completa do fenômeno em estudo.
Importância dos Ensaios de Campo
Os Ensaios de Campo desempenham um papel fundamental na ciência, pois permitem que os pesquisadores estudem fenômenos e objetos em seus ambientes naturais. Eles fornecem dados reais e contextualizados, que podem ser aplicados no desenvolvimento de soluções, políticas públicas e tomada de decisões.
Além disso, os Ensaios de Campo são essenciais para validar e complementar os resultados obtidos em laboratório. Eles ajudam a confirmar se as teorias e modelos desenvolvidos em condições controladas são aplicáveis no mundo real, onde diversos fatores podem influenciar o resultado final.
Os Ensaios de Campo também são importantes para a conservação e preservação do meio ambiente. Eles permitem que os cientistas estudem ecossistemas, identifiquem espécies ameaçadas, avaliem a qualidade da água e do ar, entre outros aspectos fundamentais para a sustentabilidade do planeta.
Exemplos de Ensaios de Campo
Existem inúmeros exemplos de Ensaios de Campo realizados em diferentes áreas do conhecimento. Alguns exemplos incluem:
1. Estudo de comportamento animal: Pesquisadores observam e registram o comportamento de animais em seu habitat natural para entender sua ecologia, padrões de migração, interações sociais, entre outros aspectos.
2. Monitoramento de poluição: Equipes de pesquisa coletam amostras de água, solo e ar em áreas afetadas por atividades humanas, como indústrias, para avaliar o impacto da poluição e desenvolver estratégias de mitigação.
3. Estudo de plantas medicinais: Cientistas coletam amostras de plantas em diferentes regiões e analisam suas propriedades medicinais, identificando compostos ativos e possíveis aplicações terapêuticas.
4. Avaliação de impacto ambiental: Antes de iniciar a construção de uma usina hidrelétrica, por exemplo, são realizados Ensaios de Campo para avaliar o impacto ambiental da obra, identificar espécies ameaçadas e propor medidas de mitigação.
Os Ensaios de Campo desempenham um papel crucial na ciência, permitindo que os pesquisadores estudem fenômenos e objetos em seu contexto natural. Eles fornecem dados reais e aplicáveis, que contribuem para o avanço do conhecimento e para a tomada de decisões fundamentadas.
Através dos Ensaios de Campo, é possível compreender melhor o mundo em que vivemos, desenvolver soluções para problemas complexos e contribuir para a preservação do meio ambiente. Portanto, esses experimentos são essenciais para o progresso científico e para a construção de um futuro mais sustentável.
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Nov 4, 2022 · Ensaios de Campo. Esse estudo analisa grupos (normalmente maiores que os dos ensaios clínicos) de pessoas saudáveis, que não possuem determinada doença mas estão sob o risco de desenvolvê-las. É focado na prevenção e estágio inicial de patologias. Ensaios de Intervenção Comunitária. É o ensaio de campo aplicado à comunidades.
O ensaio de campo é especialmente valioso em estudos que buscam entender o comportamento humano, a eficácia de intervenções e a dinâmica de sistemas complexos. Uma das principais características do ensaio de campo é a sua capacidade de gerar dados que refletem a variabilidade do mundo real.
Tipos de Estudos Epidemiológicos INTERVENCIONAIS ou EXPERIMENTAIS Ensaios de Campo ou de Intervenção: • São semelhante ao Ensaio Clínico, mas a população estudada não são pacientes e sim pessoas livres de doenças e presumivelmentesob risco. • Os dados são coletados na população em geral. • São mais caros e de maior duração ...
De campo –observa os fatos e como eles ocorrem. Nos permite separar e controlar as variáveis, além de perceber e estudar as relações estabelecidas. _____ Experimental –determina um objeto de estudo, seleciona variáveis capazes de influenciá-lo, define as formas de controle e de observação dos efeitos que cada variável produz no objeto.
Tabela 3.1. Tipos de estudos epidemiol gicos Tipo de estudo Nome alternativo Estudos observacionais Estudos descritivos Estudos anal ticos Ecol gico Transversal Casos e controles Coorte Estudos Experimentais Ensaio cl nico randomizado controlado Ensaio cl nico randomizado con - trolado com grupos ( clusters ) Ensaios de campo Ensaios comunit rios
Capítulo 4 – ENSAIOS DE CAMPO E DE LABORATÓRIO 117. 4.2. Ensaios de Campo no CE-01 . Conforme mencionado, os primeiros ensaios de campo, e respectivos ensaios de laboratório, foram realizados nas dependências da sede da . EMBRAPA Solos, situada na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro, local denominado de CE-01.
Importância dos Ensaios de Campo. Os Ensaios de Campo desempenham um papel fundamental na ciência, pois permitem que os pesquisadores estudem fenômenos e objetos em seus ambientes naturais. Eles fornecem dados reais e contextualizados, que podem ser aplicados no desenvolvimento de soluções, políticas públicas e tomada de decisões. Além ...
ainda no protocolo de estudo. CLASSIFICAÇÕES Os estudos experimentais se caracterizam por serem ensaios epidemiológicos, podendo ser classificados em ensaios clínicos, de campo ou comunitários. A. Ensaio Clínico Um ensaio clínico é um experimento com pacientes, isto é, sujeitos com determinada doença.
Têm todos estruturas semelhantes, mas nos ensaios clínicos os indivíduos em estudo têm uma determinada doença, avaliando-se, portanto, tratamentos; nos ensaios de campo ainda não têm doença, avaliando-se, deste modo, intervenções terapêuticas; e nos ensaios de intervenção na comunidade acontece o mesmo que nos ensaios de campo, mas ...
Estudos Epidemiológicos (1) Não Aleatorizado Quase-Experimentais Experimentos de Campo Aleatorizado Ensaio Clínico Controlado Estudos Experimentais Transversais Doença e Exposição ao mesmo tempo Caso Controle Exposição no passado - Retrospectivos Seleção pela Doença Transversais e Retrospectivos Seleção pela Exposição Estudos ...